Leitura Diária
No livro de Atos, capítulo 15, versículos 1 a 5, um importante debate ocorre na igreja primitiva. Os judaizantes, um grupo que defendia a observância rigorosa da Lei de Moisés, condicionavam a salvação dos gentios a essa prática. Essa questão não apenas desafiou as tradições da época, mas também se tornou um ponto crucial na formação da teologia cristã.
A Lei de Moisés e a Salvação
O conceito de que a salvação poderia ser alcançada através da observância da Lei de Moisés levantou sérias controvérsias. Os judaizantes argumentavam que, para se tornarem verdadeiros cristãos, os gentios deveriam adotar as práticas judaicas, como a circuncisão. Isso gerou um dilema: a salvação é pela graça ou mediante obras da lei? A resposta a essa pergunta seria decisiva para o crescimento do cristianismo.
O Concílio de Jerusalém
O Concílio de Jerusalém foi um marco na resolução deste conflito. Os apóstolos e líderes da igreja se reuniram para discutir a questão da salvação. A conclusão foi clara: a salvação é um dom gratuito e não deve ser condicionada à observância da lei. Essa decisão reafirmou a fé cristã como um caminho de graça, ampliando a aceitação dos gentios na comunidade de fé. Assim, a narrativa de Atos 15.1-5 ilustra não apenas uma controvérsia histórica, mas também estabelece os fundamentos de uma fé inclusiva.