Leitura Diária
Números 21.
4 Então partiram do monte Hor, pelo caminho do Mar Vermelho, a rodear a terra de Edom; porém a alma do povo angustiou-se naquele caminho.
5 E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito para que morrêssemos neste deserto? Pois aqui nem pão nem água há; e a nossa alma tem fastio deste pão tão vil.
6 Então o Senhor mandou entre o povo serpentes ardentes, que picaram o povo; e morreu muita gente em Israel.
7 Por isso o povo veio a Moisés, e disse: Havemos pecado, porquanto temos falado contra o Senhor e contra ti; ora ao Senhor que tire de nós estas serpentes. Então Moisés orou pelo povo.
8 E disse o Senhor a Moisés: Faze-te uma serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo o que, tendo sido picado, olhar para ela.
9 E Moisés fez uma serpente de metal, e pô-la sobre uma haste; e sucedia que, picando alguma serpente a alguém, quando esse olhava para a serpente de metal, vivia.
Reflexão
No livro de Números, particularmente no capítulo 21, versículos 4-9, encontramos um evento significativo na história dos israelitas enquanto eles vagavam pelo deserto. Nesta passagem, o povo, sobrecarregado por suas dificuldades e frustrações, fala contra Deus e Moisés. Em resposta às suas queixas, Deus envia serpentes venenosas para afligi-los, levando a um momento de arrependimento em que os israelitas clamam por ajuda.
A Serpente como Símbolo
Em meio ao sofrimento deles, Deus instrui Moisés a fazer uma serpente de bronze e colocá-la em um poste. Qualquer um que fosse mordido poderia olhar para essa serpente de bronze e ser curado. Essa imagem ressoa profundamente na teologia cristã, pois representa não apenas a cura física, mas também um prenúncio do sacrifício de Cristo. Assim como a serpente foi levantada no poste para a salvação dos israelitas, Cristo também foi levantado para a salvação da humanidade.
A Tipologia da Serpente e de Cristo
Para entender a serpente no deserto como um tipo de Cristo, é preciso entender a conexão entre as duas figuras. No Evangelho de João, Jesus se refere explicitamente a essa história. Ele afirma: “Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna” (João 3:14-15). Essa conexão destaca a importância da fé e de olhar para Cristo em busca de cura espiritual, assim como os israelitas olhavam para a serpente de bronze em busca de cura física.