11. Até esta presente hora sofremos fome, e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa,12. E nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos. Somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e sofremos;13. Somos blasfemados, e rogamos; até ao presente temos chegado a ser como o lixo deste mundo, e como a escória de todos.
O que significa ser um cristão perseguido? Como podemos nos identificar com os nossos irmãos e irmãs que sofrem por causa da sua fé em Jesus? Neste post, vamos refletir sobre a realidade da perseguição religiosa no mundo e como ela afeta a vida dos seguidores de Cristo.
A perseguição religiosa é uma violação dos direitos humanos que atinge milhões de pessoas em diferentes países e contextos. Segundo a organização Portas Abertas, que monitora e apoia os cristãos perseguidos, mais de 340 milhões de cristãos enfrentam algum tipo de hostilidade por causa da sua fé. Isso inclui discriminação, assédio, violência, prisão, tortura e até morte.
A perseguição religiosa tem diversas causas e motivações, como o extremismo islâmico, o nacionalismo religioso, o autoritarismo político, o secularismo agressivo, entre outras. Em muitos lugares, os cristãos são vistos como uma ameaça à ordem social, à identidade nacional ou à ideologia dominante. Por isso, eles são alvo de perseguição por parte de governos, grupos armados, líderes religiosos ou até mesmo familiares e vizinhos.
O sofrimento dos cristãos perseguidos é uma realidade que nos desafia e nos comove. Como podemos ignorar o fato de que há irmãos e irmãs que estão sendo presos, espancados, expulsos de suas casas, privados de seus empregos e educação, separados de suas famílias e comunidades, e até mesmo martirizados por amor a Jesus? Como podemos ficar indiferentes diante do testemunho de fé e coragem desses homens e mulheres que não negam o seu Senhor mesmo diante da morte?
A Bíblia nos ensina que a perseguição é uma consequência inevitável da nossa identificação com Cristo. Jesus disse: “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro me odiou a mim” (João 15:18). O apóstolo Paulo afirmou: “Todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Timóteo 3:12). O apóstolo Pedro exortou: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo” (1 Pedro 4:12-13).
A perseguição é uma marca do sofrimento de um cristão. Ela revela a nossa comunhão com Cristo e a nossa esperança na sua glória. Ela também nos une aos nossos irmãos e irmãs que sofrem no mundo inteiro. A Bíblia nos diz que somos um só corpo em Cristo e que devemos nos importar uns com os outros (1 Coríntios 12:26). Por isso, somos chamados a orar pelos cristãos perseguidos, a apoiá-los materialmente e emocionalmente, a denunciar as injustiças que eles sofrem e a nos solidarizar com eles.
Ser um cristão perseguido é um privilégio e uma responsabilidade. É um privilégio porque significa participar dos sofrimentos de Cristo e ser honrado por ele. É uma responsabilidade porque significa ser fiel ao evangelho e ser luz do mundo. Que Deus nos ajude a viver essa realidade com fé, amor e esperança.