ARA – Almeida Revista Atualizada
O livro de Naum é um dos profetas menores do Antigo Testamento e se destaca por sua mensagem de julgamento contra Nínive, a capital do Império Assírio. Naum profetiza a destruição iminente de Nínive, uma cidade conhecida por sua crueldade e opressão. O império assírio havia sido uma força devastadora, conquistando e oprimindo nações, incluindo Israel, com grande violência e brutalidade. Naum descreve, em detalhes vívidos, a queda de Nínive como uma manifestação da justiça divina contra a tirania.
A profecia de Naum tem dois aspectos principais. Primeiro, ele retrata a Assíria como uma nação cruel e opressora, cuja maldade finalmente alcançou seu limite diante de Deus. Nínive, que havia sido poupada em tempos passados, especialmente no relato do profeta Jonas, agora enfrentaria o julgamento irrevogável. Naum descreve a cidade em cenas gráficas de destruição, com seus muros caindo, suas defesas desmoronando, e seus habitantes sendo aniquilados. Esse evento histórico ocorreu em 612 a.C., quando Nínive foi destruída por uma coalizão de babilônios e medos, cumprindo a profecia de Naum.
Segundo, apesar da severidade do julgamento sobre Nínive, o livro também transmite uma mensagem de conforto e esperança para aqueles que confiam em Deus. Em contraste com a devastação prometida aos inimigos de Deus, Naum lembra que o Senhor é "bom, um refúgio em tempos de angústia; Ele conhece os que Nele confiam" (Naum 1:7). Esta passagem mostra que, embora Deus seja justo ao punir a maldade, Ele também é misericordioso e oferece proteção e segurança àqueles que buscam refúgio em Sua presença.
O livro de Naum, portanto, não é apenas um anúncio de destruição para uma nação opressora, mas também uma afirmação do poder soberano de Deus sobre as nações e uma garantia de que Ele cuida e protege aqueles que Nele confiam. Naum nos lembra que a justiça de Deus não falha, e que, mesmo em tempos de incerteza e opressão, Ele permanece como um porto seguro para os fiéis.